Alimentação saudável

Jejum intermitente: como nosso cerébro age com esta dieta?

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Escrito por:
Liti Saúde

Publicado em:

28/3/2024

Atualizado em:
28/3/2024
Jejum intermitente

O jejum intermitente, que alterna períodos de alimentação com períodos de jejum, tem atraído atenção significativa não apenas pelos seus efeitos na composição corporal e saúde metabólica, mas também pelo seu impacto potencial no cérebro e na função cognitiva.

Impacto do Jejum Intermitente no Cérebro

Quando praticamos jejum intermitente, nosso corpo e cérebro são submetidos a uma série de adaptações em resposta à privação temporária de nutrientes.

Modulação da Neuroplasticidade:

Estudos sugerem que o jejum pode aumentar a produção do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), que apoia o crescimento e a diferenciação dos neurônios e sinapses. O aumento do BDNF foi associado a melhorias na aprendizagem e na memória.

Redução do Estresse Oxidativo:

Durante o jejum, há uma diminuição na produção de radicais livres e aumento na eficiência dos processos de reparação celular. Isso pode reduzir o estresse oxidativo, que está envolvido no envelhecimento e na patogênese de várias doenças neurodegenerativas.

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Melhora no Metabolismo Energético:

O jejum intermitente promove uma transição metabólica de usar glicose como principal fonte de energia para o aumento na mobilização de ácidos graxos e produção de corpos cetônicos. Os corpos cetônicos servem como fonte de energia alternativa para o cérebro e têm sido associados a uma proteção neuroprotetora.

Redução da Inflamação:

O jejum pode reduzir marcadores inflamatórios sistêmicos, o que pode também beneficiar a saúde cerebral, dado que a inflamação crônica é um fator de risco para o desenvolvimento de distúrbios cognitivos.

Mudanças Cerebrais Durante o Jejum

Durante o jejum, o cérebro passa por um processo de adaptação em resposta à ausência de ingestão regular de alimentos:

Mudanças no Combustível Energético:

Inicialmente, o cérebro utiliza a glicose armazenada na forma de glicogênio. Com a continuação do jejum, o corpo começa a quebrar ácidos graxos para formar corpos cetônicos que podem ser usados como combustível pelo cérebro.

Regulação Hormonal:

Hormônios como a grelina, conhecida como o "hormônio da fome", e a leptina, que sinaliza saciedade, são modulados durante o jejum, afetando o apetite e possivelmente a cognição.

Autofagia Neuronal:

O jejum pode induzir a autofagia, um processo de reciclagem celular que remove proteínas danificadas e componentes celulares, mantendo a saúde dos neurônios.

Considerações e Precauções

Embora a pesquisa sobre o jejum intermitente e a função cerebral esteja em andamento e muitos estudos sejam preliminares ou baseados em modelos animais, os resultados sugerem que há um potencial significativo para benefícios cognitivos. No entanto, é importante abordar o jejum de maneira cautelosa e sob orientação médica, especialmente para indivíduos com condições médicas pré-existentes, mulheres grávidas ou amamentando, crianças e adolescentes.

Conclusão

O jejum intermitente pode promover várias adaptações fisiológicas que influenciam positivamente a função cerebral e a cognição. No entanto, é crucial que o jejum seja conduzido com responsabilidade e visualizado como parte de um estilo de vida saudável, não como um substituto para uma dieta equilibrada e rica em nutrientes. A consulta com profissionais de saúde é essencial para determinar se o jejum intermitente é apropriado para as necessidades indivíduos e para planejar a execução dessa prática de maneira segura e eficaz.

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