Alimentação saudável

Aspartame: adoçante muito usado mundo a fora entra na mira da OMS

Publicado em:

30/6/2023

Atualizado em:
21/3/2024
Aspartame: adoçante muito usado mundo a fora entra na mira da OMS

Usado em substituição ao açúcar em alimentos como refrigerantes, chicletes e sorvetes, o aspartame pode entrar na lista de alimentos potencialmente cancerígenos

A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, um braço de atuação da OMS (Organização Mundial de Saúde) deve incluir o aspartame, adoçante artificial utilizado em refrigerantes sem açúcar, chicletes e sorvetes na lista de alimentos que possivelmente estão relacionados ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer em humanos, embora não haja consenso científico sobre o assunto. 

Nos últimos anos tem sido frequente a discussão sobre a segurança do uso de adoçantes. Enquanto algumas pessoas abominam seu uso, a grande maioria das publicações científicas até hoje não encontrou evidências robustas que associem o consumo dessas substâncias ao desenvolvimento de doenças. 

O Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares afirma desde 1981 que o uso do aspartame é seguro , desde que esteja dentro dos limites diários estabelecidos. Esses limites estão muito acima do uso habitual da população, sendo que para atingir uma quantidade potencialmente perigosa, uma pessoa com peso de 60 kilos deveria beber cerca de 12 a 36 latas de refrigerante diariamente. 

Polêmicas 

Recentemente, a OMS divulgou uma outra recomendação “condicional” (aquela classificada como de baixa certeza) a respeito dos adoçantes, dessa vez discutindo o uso das substâncias e sua correlação com perda de peso. “O uso adoçantes não nutritivos não ajuda no controle de peso a longo prazo. As pessoas precisam considerar outras formas de reduzir a ingestão de açúcares livres, como o consumo de alimentos com açúcares naturais, como frutas, ou alimentos e bebidas sem açúcar. Os adoçantes não nutritivos não são fatores dietéticos essenciais e não têm valor nutricional. As pessoas devem reduzir totalmente a doçura da dieta, começando cedo na vida, para melhorar sua saúde.” dizia a recomendação. 

Nessa mesma ocasião, a OMS deixou claro que não havia colocado em questão nem em dúvida as avaliações toxicológicas sobre a segurança dos adoçantes, destacando que os valores de ingestão dos adoçantes, estabelecidos pelo Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares permaneciam vigentes e seguros.

O que mudou?

Um estudo de coorte observacional realizado no França, conhecido como NutriNet-Santé,  encontrou uma associação entre o uso de adoçantes e risco aumentado de desenvolvimento de câncer. Embora pareça algo assustador, é importante lembrar que estudos desse tipo não têm o potencial de traçar uma relação de causa e efeito entre esses fatores, ou seja, essa associação não necessariamente significa que os adoçantes são os causadores de câncer na população estudada. No entanto, a publicação de estudos com achados semelhantes fez com que a OMS desse um passo atrás ao garantir a segurança de adoçantes, o colocando no rol de produtos “potencialmente cancerígenos” e recomendando uma reavaliação quanto à sua segurança. 

Dessa forma,  a reavaliação do aspartame foi recomendado como de  alta prioridade tanto pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer como pelo Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares. Essa avaliação se dará de forma conjunta, sendo que a Agência irá avaliar o potencial cancerígeno do aspartame, enquanto o Comitê se dedicará a revisar a ingestão diária aceitável. 

O resultado das avaliações será divulgado oficialmente em 14 de julho de 2023. Mas o embate começou desde já, uma vez que a revisão dos riscos à saúde envolvendo o aspartame com certeza trará grandes repercussões sobre a indústria de alimentos, possivelmente envolvendo a reformulação de produtos consagrados. 

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Fonte:

Debras C, Chazelas E, Srour B, Druesne-Pecollo N, Esseddik Y, Szabo de Edelenyi F, Agaësse C, De Sa A, Lutchia R, Gigandet S, Huybrechts I, Julia C, Kesse-Guyot E, Allès B, Andreeva VA, Galan P, Hercberg S, Deschasaux-Tanguy M, Touvier M. Artificial sweeteners and cancer risk: Results from the NutriNet-Santé population-based cohort study. PLoS Med. 2022 Mar 24;19(3):e1003950. doi: 10.1371/journal.pmed.1003950. PMID: 35324894; PMCID: PMC8946744.

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