Saúde

Anabolizantes mais usados entre as mulheres

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Escrito por:
Eduardo Rauen

Publicado em:

7/3/2024

Atualizado em:
7/7/2025
Pilulas anabolizantes

O interesse por anabolizantes entre mulheres tem crescido, especialmente no fisiculturismo e esportes de força. Este artigo apresenta informações científicas sobre os riscos envolvidos e alternativas seguras para o desenvolvimento muscular feminino.

Destaques do artigo

  • Anabolizantes são substâncias sintéticas derivadas da testosterona que causam riscos graves para mulheres devido à maior sensibilidade aos efeitos masculinizantes
  • Oxandrolona, Methenolone e Stanozolol são os anabolizantes mais utilizados por mulheres, mas todos apresentam riscos significativos de virilização irreversível
  • Efeitos colaterais irreversíveis incluem engrossamento da voz, crescimento de pelos faciais, alterações menstruais e problemas cardiovasculares graves
  • 30% das usuárias desenvolvem virilização mesmo com doses baixas de Oxandrolona, considerada a opção "mais segura"
  • Fertilidade pode ficar comprometida por meses ou anos após o uso, com casos documentados de infertilidade permanente
  • Toxicidade hepática severa ocorre especialmente com anabolizantes orais, podendo causar tumores hepáticos benignos e malignos
  • Alternativas seguras incluem treinamento de força periodizado, nutrição estratégica com 1,6-2,2g de proteína por kg de peso corporal
  • Suplementação legal eficaz abrange creatina monohidratada (3-5g diários), proteínas em pó e correção de deficiências nutricionais
  • Uso sem prescrição médica é ilegal no Brasil e pode resultar em processos criminais, além de banimento permanente no esporte
  • Buscar ajuda médica é essencial ao notar alterações na voz, crescimento anormal de pelos, irregularidades menstruais ou mudanças drásticas de humor

O que são anabolizantes e por que mulheres os utilizam

Esteroides anabolizantes são substâncias sintéticas derivadas da testosterona, o principal hormônio sexual masculino. Essas substâncias foram desenvolvidas originalmente para tratar condições médicas específicas, como perda muscular severa, anemia e deficiência hormonal.

No contexto esportivo e estético, anabolizantes para mulheres são procurados principalmente por três razões: aceleração do ganho de massa muscular, redução mais rápida da gordura corporal e melhoria do desempenho atlético. Mulheres envolvidas em fisiculturismo competitivo, powerlifting ou outros esportes de força podem considerar seu uso devido à pressão por resultados rápidos.

A diferença fundamental entre homens e mulheres no uso dessas substâncias está na sensibilidade aos efeitos androgênicos. Como as mulheres produzem naturalmente quantidades muito menores de testosterona (cerca de 10-20 vezes menos que os homens), elas são significativamente mais suscetíveis aos efeitos masculinizantes mesmo com doses pequenas.

É crucial entender que o uso de esteroides anabolizantes sem prescrição médica é ilegal na maioria dos países e considerado doping em competições esportivas oficiais. Além disso, os riscos à saúde são substanciais e frequentemente irreversíveis, especialmente para mulheres.

Anabolizantes mais utilizados por mulheres

Embora todos os anabolizantes apresentem riscos significativos para mulheres, alguns são historicamente preferidos devido à percepção de menor potencial androgênico. É importante enfatizar que mesmo os considerados "mais suaves" podem causar efeitos colaterais graves e permanentes.

  • Oxandrolona (Anavar) é frequentemente citada como a opção mais comum entre mulheres. Desenvolvida na década de 1960, possui atividade androgênica relativamente baixa comparada a outros esteroides. Estudos mostram que pode promover ganho de massa muscular magra e redução de gordura corporal. No entanto, mesmo em doses baixas (5-20mg diários), pode causar virilização irreversível em até 30% das usuárias.
  • Methenolone (Primobolan) é outro esteroide considerado por algumas mulheres devido ao seu perfil anabólico suave. Disponível em versões oral e injetável, é conhecido por promover ganhos musculares lentos mas de qualidade. Apesar da reputação de segurança, estudos documentam casos de virilização mesmo com uso de curto prazo.
  • Stanozolol (Winstrol) é utilizado por sua capacidade de promover músculos definidos e reduzir retenção hídrica. Embora popular, apresenta maior potencial de toxicidade hepática e efeitos androgênicos que os anteriores. Mulheres que o utilizam frequentemente relatam alterações na voz e irregularidades menstruais.
  • Nandrolona (Deca-Durabolin) é menos comum entre mulheres devido ao seu maior potencial androgênico, mas ainda é utilizada por algumas atletas. Pode causar virilização mesmo em doses muito baixas e tem meia-vida longa, prolongando os riscos de efeitos colaterais.

Mecanismos de ação dos anabolizantes no organismo feminino

Para compreender os riscos dos anabolizantes em mulheres, é essencial entender como essas substâncias afetam o organismo feminino de forma diferente do masculino.

  • Sistema hormonal feminino é delicadamente equilibrado entre estrogênio, progesterona e pequenas quantidades de testosterona. A introdução de esteroides anabolizantes disrupta severamente esse equilíbrio, causando supressão da produção natural de hormônios sexuais femininos através do eixo hipotálamo-hipófise-ovário.
  • Aromatização é um processo pelo qual alguns anabolizantes podem ser convertidos em estrogênio pelo organismo. Paradoxalmente, isso pode causar efeitos feminilizantes como retenção hídrica e desenvolvimento de tecido mamário, enquanto simultaneamente causa virilização em outras áreas do corpo.
  • Receptores androgênicos estão presentes em diversos tecidos do corpo feminino, incluindo músculos, pele, folículos pilosos, cordas vocais e órgãos genitais. Quando ativados por anabolizantes, esses receptores desencadeiam mudanças que podem ser irreversíveis, especialmente na voz e estrutura facial.
  • Metabolismo lipídico é significativamente alterado pelo uso de anabolizantes. Mulheres experimentam reduções dramáticas no HDL (colesterol "bom") e aumentos no LDL (colesterol "ruim"), elevando drasticamente o risco cardiovascular. Esse efeito é particularmente preocupante porque mulheres na pré-menopausa normalmente têm proteção cardiovascular natural.

Aspectos legais e éticos do uso de anabolizantes

O uso de anabolizantes envolve questões legais e éticas complexas que mulheres devem compreender completamente antes de considerar qualquer uso.

  • Legislação brasileira classifica esteroides anabolizantes como substâncias controladas. A prescrição é restrita a condições médicas específicas e deve ser feita por médicos especializados. O uso não médico é ilegal e pode resultar em processos criminais. A importação, venda ou distribuição sem autorização é crime com penas que podem incluir prisão.
  • Regulamentações esportivas proíbem terminantemente o uso de anabolizantes em competições. Testes antidoping podem detectar essas substâncias meses após o uso. Atletas flagradas enfrentam suspensões, perda de títulos e medalhas, e em casos graves, banimento permanente do esporte.
  • Responsabilidade médica dos profissionais de saúde inclui a obrigação de não prescrever anabolizantes para fins estéticos ou de performance. Médicos que o fazem podem enfrentar processos no Conselho Federal de Medicina e perda do direito de exercer a profissão.
  • Aspectos éticos no esporte incluem a questão da equidade competitiva. O uso de anabolizantes cria vantagens injustas e pode pressionar outras atletas a também usar substâncias perigosas. Isso perpetua ciclos prejudiciais especialmente em esportes femininos, onde a pressão estética pode ser intensa.
  • Impacto social do uso de anabolizantes por mulheres influentes ou atletas pode normalizar práticas perigosas entre jovens. A responsabilidade de influenciadoras digitais e atletas profissionais em promover métodos seguros de desenvolvimento físico é significativa.
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Efeitos colaterais graves e irreversíveis em mulheres

Os riscos dos anabolizantes para mulheres são extensos e frequentemente subestimados. Muitos efeitos são irreversíveis mesmo após a interrupção do uso, tornando a decisão de experimentar essas substâncias extremamente perigosa.

Virilização - mudanças masculinizantes irreversíveis

  • Engrossamento da voz: Permanece irreversível em mais de 90% dos casos devido ao espessamento das cordas vocais
  • Crescimento de pelos faciais: Segue padrão masculino e pode persistir por anos após interrupção do uso
  • Alterações faciais: Aumento da mandíbula e proeminência dos arcos superciliares alteram permanentemente a aparência

Problemas reprodutivos

  • Amenorreia: Ausência de menstruação ocorre em até 80% das usuárias
  • Comprometimento da fertilidade: Pode durar meses ou anos após o uso
  • Infertilidade permanente: Casos documentados especialmente com uso prolongado

Riscos cardiovasculares e hepáticos

A toxicidade hepática apresenta-se particularmente severa com esteroides orais. Mulheres desenvolvem elevações nas enzimas hepáticas, icterícia e, em casos extremos, tumores hepáticos. As alterações cardiovasculares incluem hipertensão arterial e deterioração dramática do perfil lipídico, com reduções de 50 a 70% no HDL (colesterol "bom").

Os impactos psicológicos incluem mudanças na personalidade, aumento da agressividade, ansiedade generalizada e depressão. Esses distúrbios de humor podem persistir por meses após a interrupção e, em alguns casos, evoluir para ideação suicida.

Alternativas seguras para desenvolvimento muscular feminino

Mulheres que buscam melhorar sua composição corporal têm diversas alternativas seguras aos anabolizantes que podem produzir resultados significativos sem comprometer a saúde.

Treinamento de força estruturado

O treinamento de força periodizado representa a base fundamental para o desenvolvimento muscular feminino. Programas que incluem exercícios compostos como agachamento, levantamento terra e supino, combinados com progressão adequada de cargas, podem promover ganhos musculares substanciais ao longo do tempo.

Mulheres podem treinar com frequência ligeiramente maior que homens devido à menor capacidade de gerar força absoluta e menor tempo de recuperação necessário entre sessões. A periodização permite variações estratégicas na intensidade, volume e frequência dos treinos para otimizar as adaptações fisiológicas.

Nutrição estratégica

A nutrição desempenha papel crucial no desenvolvimento muscular. Mulheres precisam consumir aproximadamente 1,6 a 2,2 gramas de proteína por quilograma de peso corporal para maximizar a síntese proteica muscular. O timing nutricional também é importante, especialmente o consumo adequado de proteínas e carboidratos ao redor dos treinos.

Para promover ganho de massa muscular, um superávit calórico moderado de 200 a 500 calorias acima da manutenção é geralmente adequado. A distribuição de macronutrientes deve priorizar proteínas (25-30%), carboidratos suficientes (45-50%) e gorduras saudáveis (20-25%).

Suplementação baseada em evidências

  • Creatina monohidratada: 3 a 5 gramas diários, segura e eficaz para aumentos na força e massa muscular
  • Proteínas em pó: Whey ou caseína facilitam o atingimento das necessidades proteicas diárias
  • Beta-alanina: Pode melhorar a resistência muscular durante exercícios de alta intensidade
  • Vitaminas e minerais: Especial atenção a ferro, vitamina D, B12, cálcio e magnésio

Aspectos legais e quando buscar ajuda médica

O uso de anabolizantes envolve questões legais complexas que mulheres devem compreender completamente. A legislação brasileira classifica esteroides anabolizantes como substâncias controladas. O uso não médico é ilegal e pode resultar em processos criminais.

Regulamentações esportivas proíbem terminantemente o uso de anabolizantes em competições. Testes antidoping podem detectar essas substâncias meses após o uso, resultando em suspensões e banimento permanente do esporte.

Sinais de alerta que exigem atenção médica imediata:

  • Alterações na voz (rouquidão persistente)
  • Crescimento anormal de pelos faciais
  • Irregularidades menstruais
  • Dores abdominais intensas
  • Amarelamento da pele ou olhos
  • Mudanças drásticas de humor

Especialistas recomendados incluem endocrinologistas especializados em medicina esportiva, ginecologistas com experiência em distúrbios hormonais e cardiologistas para avaliação de riscos cardiovasculares.

Conclusão

O uso de anabolizantes por mulheres representa um risco desproporcional aos benefícios potenciais. Os efeitos colaterais graves e frequentemente irreversíveis, combinados com questões legais e éticas, tornam essas substâncias inadequadas para mulheres que buscam melhorar sua composição corporal.

Alternativas seguras e eficazes estão amplamente disponíveis através de treinamento estruturado, nutrição adequada, suplementação baseada em evidências e acompanhamento profissional qualificado. Essas abordagens podem produzir resultados significativos e sustentáveis sem comprometer a saúde.

A jornada para transformar sua relação com a saúde e desenvolver um corpo forte deve priorizar mudanças sustentáveis que empoderem mulheres a alcançar seus objetivos de forma segura. Para mulheres que consideram ou já utilizaram anabolizantes, buscar orientação médica especializada é essencial.

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